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Do Rio de Janeiro até o Espírito Santo: muitos desafios e metas alcançadas

Do Rio de Janeiro até o Espírito Santo: muitos desafios e metas alcançadas

Gosta de desafios? Afinal, a vida é feita de desafios.

Diário de bordo 25 de abril

Neste dia foram cerca de 91 km pedaladas. Saímos do Saco da Ribeira rumo a Paraty.

Passamos pelas praias mais conhecidas de Ubatuba: Toninhas, Vermelha, Grande, entre outras.

No percurso não houve nenhuma intercorrência grave. A paisagem fantástica das montanhas entre Ubatuba e Paraty foi o grande destaque da nossa rota. A água brotava de forma exuberante pelas pedras e montanhas.

Existem milhares de cachoeiras entre São Paulo e o Rio de Janeiro, as que vimos foram as de fácil acesso. No entanto, a Mata Atlântica é bastante concentrada ali, tendo assim uma grande riqueza em relação a fauna e flora.

Paramos na cachoeira de Prumerim e a cachoeira da Escada. Tendo em vista as fortes chuvas dos últimos dias, vários pontos da pista estavam interditados por causa do desmoronamento.

Encontramos na estrada um atleta e ironman em treinamento, Fernando. Ele nos contou que em Ubatuba haveria uma competição onde 23 destes super-homens se encontrariam. Foram 10 km de natação, 421 km de ciclismo 84 km de corrida em apenas 3 dias. O ironman Fernando ainda nos cedeu duas câmeras de bicicleta que não tinham mais uso para o mesmo.

Leonel, o aeroman Fernando e eu

Quando chegamos em Paraty, visitamos nosso amigo Davi e sua esposa Luzia. A noite, nos hospedamos na casa da nossa amiga Janice.

Histórico glicêmico do dia:

238 / 255 / 90 / 143 / 99 / 68 / 151 / 147 / 184 / 163

E a média dos últimos 7 dias o aparelho marca 142. A glicose no sangue acima dos patamares normais cria a cetose que destrói as paredes dos vasos sanguíneos. No entanto, mantendo a glicose na faixa dos 200 mg/dl o efeito não é tão devastador.

Leonel teve os pneus da roda traseira de sua bicicleta furados duas vezes até o momento.

Sem o carro de apoio a bagagem vai na bike, então estamos carregando uns 20kg a mais. Algumas mudanças de rotinas também foram necessárias. Mas, agora é só seguir, rumo a Recife!

Diário de bordo – 26 de abril

Mais um dia de pedaladas. Saída de Paraty, da casa da amiga Janice, e chegada em Mambucaba, na pousada Del Sole.

Foram 62 km de pedaladas, com um nível de dificuldade leve. Parte do percurso foi pelo acostamento e pela estrada. Tive pouca dor muscular, apenas as nádegas estavam com alguns sintomas de assadura.

Logo na saída encontramos Bruno Raposo, um rapaz com sotaque sulista, que estava de bike fazendo o percurso de Diamantina à Curitiba. Ele nos contou sobre sua aventura e nós demos algumas dicas das praias que havíamos passado, e então seguimos em frente.

Pegamos uma estrada que tinha pouca vista para as praias, mas um ponto de destaque da nossa rota foi a praia do Engenho, que vimos de um bar chamado Brisa do Mar. E outro ponto foi a Praia de São Gonçalo, local que está sendo estudado para realização de um próximo reality show da TV Record.

Com mais algumas pedaladas chegamos em Mambucaba, na pousada Del Sol. Nos fundos da pousada, você da de cara com a praia, o que facilitou o nosso primeiro banho de mar em 8 dias de Projeto Bike-Vela.

A praia era bastante interessante, pois parecia formar uma espécie de plataforma quando a maré subia. Além disso, tinha um barco de madeira enterrado na areia pela metade!

A água bem gelada para quebrar o acido lácteo e duas araras azuis vieram para abrilhantar o fechamento do dia.

Não houve intercorrência na nossa rota. Mas com as bagagens na bike as dificuldades aumentam, pois temos menos dirigibilidade e mais peso para puxar.

A glicemia deu uma elevada no momento da chegada em Mambucaba, mas logo se estabilizou com aplicação de insulina rápida. A energia corporal esteva boa, ou seja, a quantidade de carboidrato ingerida foi suficiente para pedalar 52 km.

Aliás devo deixar aqui meus agradecimentos à Janice que no dia anterior foi nossa guia turística e explicou tudo sobre a cidade de Paraty, onde haverá um show de Jazz em maio, não percam.

Histórico glicêmico do dia:

166 / 111 / 176 / 59 / 151 / 65 / 61 / 75 / 122 / 291 / 98 / 61 / 62 / 64 / 75

Diário de bordo – 27 de abril

Do Centro Histórico de Mambucaba a Angra dos Reis foram 55 km.

Antes da partida voltei à praia para tirar foto do barco afundado na areia.

Quando paramos para o café da manhã, fomos atendidos pelo dono do estabelecimento, Sr. João. Ele explicou que a igreja local foi a segunda construída no Brasil, além disso disse que o nome da cidade é indígena, que se refere a uma espécie de abelha nativa local com nome de Mambuca.

Iniciadas as pedaladas subimos para a BR 101 e com 10 km descortinou-se as usinas elétricas de Angra dos Reis, a Angra 1 e 2 em funcionamento e a Angra 3 em construção.

Em Angra as turbinas que produzem a eletricidade não são movimentadas pela água, mas sim pelo urânio enriquecido. Poucos países conseguem enriquecer urânio e o Brasil está nesta lista.

Mais pedaladas dadas e chegamos em Bracuí.

Há cerca de dois meses houve uma regata que participei, a qual o veleiro Rabugento obteve a segunda colocação. Os organizadores foram bem atenciosos com todos os participantes e muito dedicados a realizar um ótimo evento, foram mais de 150 veleiros participantes da competição.

No porto de Bracuí existem várias embarcações ancoradas, entre elas os iates do Luciano Huck e do cantor Gustavo Lima.

Voltamos à estrada com a Bike mais pesada por causa da bagagem, o que nos exigiu pedaladas mais fortes. O nível de dificuldade foi médio, pois foram 55 km com muitas subidas, algumas mais íngremes outras menos, e a maior parte do percurso foi pelo acostamento.

Depois de 5 horas no pedal, a chegada ao destino se deu por volta das 13 horas. A parada foi essencial para preservar os músculos pois ainda faltam cerca de 3.000 km até Recife.

No centro de Angra dos Reis a marina fica do lado do shopping, e o parapeito do shopping é como se fosse um camarote para apreciar as embarcações.

Tendo em vista a queima de energia constante o almoço foi um prato de nhoque, e depois tirei uma soneca.

Nestes dias de pedalada tomei muito refrigerante para elevar a glicemia, a partir de amanhã vou utilizar mel e melado de cana para obter glicemia de forma rápida e ao mesmo tempo ter um alimento de melhor qualidade.

Não tive nenhum episódio de hipoglicemia grave, minhas taxas glicêmicas oscilam muito, mas a vida toda foi assim.

OBS: Acabei de fazer um teste com o Mel e Melado de cana, a glicemia foi para 204, ou seja, são bombas atômicas, mas ainda depende de outros testes. O jeito é seguir. Bora pra próxima.

Histórico glicêmico do dia:

207 / 174 / 78 / 118 / 53 / 196 / 45 / 72 / 88 / 204 / 116

Diário de bordo – 28 de abril

Hoje, foram 84 km de pedaladas dadas, uma perna de Angra dos Reis à Itaguaí. Enfrentamos muitas subidas cumpridas e muitas descidas também.

Saímos antes das 6 da matina, e por volta das 10:30hrs já tínhamos percorrido 50 km.

Mas o esforço foi tanto que paramos na Praia do Saco em Mandaratuba.

Lá, nos sentamos em um quiosque e pedimos uma água gelada. Sem querer acabamos dando algumas cochiladas (rsrs). Até que ouvimos uma criança de 3 ou 4 anos, falando para a mãe: “mãe tem dois meninos dormindo na cadeira, eles não tem cama?”. Acordei na hora!

Por volta do meio-dia chegou o almoço e às 13:00hrs retornamos ao pedal.

Quando chegamos em Itaguaí o pneu da minha bike furou, e a troca demorou alguns minutos.

Durante o percurso tive problemas com o sensor glicêmico, bati numa árvore e bye bye para o sensor. O que prejudicou o controle por cerca de duas horas, mas logo substitui por outro.

Manter a glicemia num padrão, com alimentação diferente todos os dias é impossível, sem o sensor é mais impossível ainda. Mas, vida que segue.

Score de furos de pneu até agora: 3 (três).

Histórico glicêmico do dia:

137 / 150 / 155 / 149 / 127 / 125 / 276 / 171 / 63 / 63 / 101 / 178

Diário de bordo – 29 de abril

Hoje foram 65 km pedalados, de Itaguaí à Barra da Tijuca.

O trajeto foi feito pelo centro da cidade. Alguns trechos tinham ciclovia, e em outros as ruas estavam sem muitos carros, ônibus e caminhões.

A princípio seria um percurso sem aclives e declives, mas depois de uns 20 km rodados, paramos para tomar água de coco na Barraca do João, perguntamos sobre o túnel que teríamos que passar mais a frente, e ele deu a proposta de um outro percurso que não estava no mapa.

O percurso consistia em subir a serra e passar pela Trilha Transcarioca, finalizando o percurso no Recreio. “Uma serra com pouca subida” disse o João, então lá fomos nós pela serra. E é lógico, a subida não era nada leve! Mas valeu a pena. Saímos da pista por onde passava o BRT (sistema composto por corredores de ônibus) e seguimos próximo à natureza, foi muito bom.

Logo em seguida veio a praia, veio o Pontal, praia paradisíaca, com prática skysurf com vento muito forte, montanhas e mar verde.

Para chegar até a Barra da Tijuca o percurso foi feito pela ciclovia feita de bloquete, o que aumenta a trepidação na bicicleta.

Ficamos em uma pousada na Ilha de Gigóia. Uma ilha onde o acesso é feito apenas de barco, pois as ruas são estreitas e não há carros e nem motos, no máximo bike.

A exploração econômica é baseada no turismo e a gastronomia, por isso há muitas pousadas e restaurantes na ilha. Principalmente à noite, há vários barzinhos espalhados pelas vilas tocando música popular brasileira.

Neste dia a glicemia continuou dando trabalho como sempre, pelo menos as dores musculares reduziram e as assaduras também.

Diário de bordo – 30 de abril

Nosso sábado foi de descanso, pois já foram 12 dias de bike mais regata, sem parar! Então a pausa foi necessária. Ficamos na pousada Barra da Tijuca, na ilha de Gigóia. Neste dia foi priorizado a manutenção da bike e redução da bagagem.

É necessário deixar a bike 100% e levar o menor número possível de roupa.

O pedal foi praticamente zero. Fomos até Copacabana e depois na Casa da Feijoada, que serve a melhor do Rio de Janeiro! O restaurante criou uma espécie de rodízio das carnes e outros miúdos, a feijoada é muito boa mesmo.

No fim do dia arrumamos a bagagem para sair cedo.

Diário de bordo – 01 de maio

Bye, Bye Ilha de Gigóia. Lugar com um cenário inusitado que merece ser visitado. Só é possível chegar lá de barco, por um canal estreito, com cerca de 100 metros entre uma borda e outra. A ilha é pitoresca com residências, pousadas, bares e restaurantes.

Da Barra da Tijuca à Itaipuaçu, foram cerca de 65 km rodados.

Saímos da Ilha da Gigóia as 6:00hrs, tomamos café, e seguimos em frente.

Ipanema e Copacabana foram os destaques iniciais do percurso. Na avenida, a pista ligada, a orla é interditada aos domingos para os usuários desfrutarem. Muita gente utiliza daquele espaço para andar de bike, skate, patins, caminhar e correr.

Passamos ainda por Botafogo com várias embarcações apoitadas. Em seguida foi a vez do aterro do Flamengo, um espaço bem arborizado com várias pistas e do lado da praia.

Boa parte do percurso foi feito pela ciclovia. A do Rio de Janeiro tem uma proposta que impressiona, pois alguns trechos da pista ficam sobre o mar.

Mas, nem tudo são flores. Infelizmente alguns trechos da ciclovia estão interditados.

Uma pista tão útil e bonita merece mais atenção do poder público. Muito dinheiro e esforço foi investido na ciclovia, para deixá-la deteriorada por questões políticas, é um absurdo. É necessário melhorar a segurança da ciclovia, é necessária a restauração, urgente!

Em São Paulo o ciclo ativismo cobra do poder público as ações necessárias para reforma e criação de novas ciclovias. Tendo em vista que são associações, é interessante criar uma confederação de associações de cunho político, desta forma, o ciclo ativismo terá voz, terá mais força.

E a segurança no Rio????

Em São Paulo, as pessoas demonstram uma forte preocupação quanto a criminalidade no Rio de Janeiro, o que posso dizer é que ela existe, mas não vejo que é maior ou menor que em São Paulo. Da mesma forma que os paulistas têm receio de ir para o Rio, os cariocas têm receio de ir para São Paulo.

A televisão passa muita violência e isto marca forte as pessoas. Passei com minha câmera fotográfica na mão e pedalando por vários trechos da cidade do Rio de Janeiro, e olhem só, continuo com a câmera. É lógico que temos que ter cuidado, mas não podemos deixar de viver por conta da violência.

Para chegar em Itaipuaçu, foi necessário utilizar a barca Rio/Niterói, chegamos na estação das Barcas, na praça XV, as 9:10hrs, no entanto, os horários das barcas aos domingos são de hora em hora. Então “zarpamos” apenas às 10:00hrs, e continuamos as pedaladas em Niterói. Lá as praias possuem muita movimentação, com pessoas jogando futevôlei, vôlei e até peteca. Também tinha várias redes esticadas e muita gente se exercitando. Foi legal ter passado pela cidade do Rio em um domingo.

Itaipuaçu, cidade de Maricá, ainda estava por ser alcançada, mais uma serra teria que ser transposta, e assim foi feito. Que subida cruel, tive que parar quatro vezes para pegar fôlego.

Pelo menos no topo tinha um mirante, com uma imagem paradisíaca da praia de Itaipuaçu.

Nossa pretensão era chegar na Barra de Maricá, mas não foi possível, com o esgotamento físico optamos em parar mais cedo.

 A Pousada do Navio foi o nosso destino. Fomos muito bem recebidos pelo proprietário Sr. Luiz, também pela Carol e Rita. Nesta pousada foi feito o filme Chipados, protagonizado pela Tata Werneck. Boa comida e atenção redobrada com os hospedes, foi a marca deixada pelos anfitriões.

Olhando para montanhas da serra de Itaipuaçu, é possível observar a imagem de um elefante, é a natureza e a criatividade humana em ação.

No final do dia, a montanha recebe a luz avermelhada do sol, criando um cenário fantástico.

Glicemia controlada na medida do possível, e continuamos com 3 pneus furados, além de dores musculares e assaduras.

Diário de bordo – 02 de maio

Da Praia de Itaipuaçu até Arraial do Cabo, foram 113 km percorridos. Saímos as 6:15hrs e chegamos as 17:30hrs. Com ciclovias em alguns trechos e outros sem.

Tivemos logo no início nosso primeiro contato com a restinga, terreno seco com formação de dunas e vegetação formada por cactos, arbustos, árvores e trepadeiras.

Chegamos em Ponta Negra onde fica a Gruta da Sacristia, que não está no Maps, mas nos foi indicado pelo Luiz dono da Pousado do Navio em Itaipuaçu. Lá é possível observar o desenho que a força do mar fez nas rochas, abrindo fendas e grutas. Valeu a pena ter saído do percurso e ter dado mais algumas pedaladas. No entanto, deixamos de visitar o mirante de Ponta Negra, que dizem ser muito bonito.

Continuamos rumo ao norte e logo chegou Saquarema, a praia dos surfistas, porém não encontramos nenhum. Praia com forte rebentação, em vários trechos com sinalização de proibição para banho. Dizem os moradores que isto muda, em janeiro e fevereiro, as ondas são muito mais afáveis.

Para cortar caminho pegamos uma trilha na estrada da reserva, bastante mato e chão de terra, estes trechos são muito bons para jogar adrenalina no corpo.

Voltando às margens da praia chegamos no centro de Saquarema, onde o destaque é a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e as praias.

Com 68 km rodados, paramos para almoçar em uma praia da Vila Itu. Paramos em um bar com bastante movimento, apesar de ser uma segunda-feira, vários turistas e moradores no local estavam fazendo sua refeição. Fomos muito bem atendidos.

Voltamos ao pedal por estrada de terra, algumas curvas prá lá e outra pra cá, nos deparamos com um pequeno rebanho de bois e vacas.

Logo voltamos ao asfalto, e encontramos no caminho a Leila, mulher nascida no Rio grande do Sul, que vendeu tudo que tinha, subiu na bike e está pedalando pelo Brasil a fora.

O destino dela foi Cabo Frio, o nosso Arraial do Cabo.

Mais algumas peladas e as 17:30hrs chegamos no portal do Arraial do cabo, com recorde de distância com mais de 113 km percorridos em apenas um dia.

Diário de bordo – 03 de maio

Arraial do Cabo. Dia para relaxar os músculos e recuperar a energia, necessário também tratar das assaduras, manutenção na bike, analisar os próximos percursos, e é lógico, ver o que tem de bom em Arraial.

Visitamos a Praia Curva do Pontal, com um mar verde e calmo, areia branca, gaivotas sobrevoando a praia em busca de alimento, sol torrencial e é lógico, com uma cadeira para relaxar.

Mudamos de pousada e fomos para a Prainha, outro local do Arraial do Cabo que é invejável, com visual ímpar. Nesta nova pousada as contribuições ficam bem próximas a água do mar, a pousada é mais que pé na areia, ela é pé no mar. Arraial do Cabo surpreende.

Até o momento já foram 700 km pedalados. Estou com dores nas pernas, assaduras e agora, um pouco de tosse.

Nestes 700 km os destaques foram a superação do corpo, as praias e serras paradisíacas. Imagens que nunca mais esquecerei. Conhecer diariamente pessoas e suas histórias também é muito bom, é uma troca de energia.

Diário de bordo – 04 de maio

De Arraial do Cabo à Buzios, foram 45 km.

Visitamos as praias da Concha, Peró e morro do Vigia, em Cabo Frio. Passamos também pelo centro de Cabo Frio, com muitos carros, ônibus e caminhões, não encontramos ciclovias.

Para chegar na praia pegamos ruas asfaltadas, ruas de terra e trilha. A altimetria foi linear, sem muitos altos e baixos, este percurso foi fácil. Sem pneu furado e sem intercorrências, as pedaladas foram tranquilas.

Na Praia de Peró foi gravada a novela força do querer. A Praia da Concha o nome é derivado pelo formato da praia e o Morro do Vigia, além da paisagem de ambas as praias (Concha e Peró), ainda possui algumas piscinas formadas quando a maré baixa.

A noite quando saímos para jantar encontramos o Rock, a Cris e o Rodrigo. O Rock, conhecemos na regata do Saco da Ribeira. Ele está levando o barco catamarã bicasco D2, que estava atracado no Iate Clube de Ubatuba, para um estaleiro na Bahia, onde será reformado. Aproveitamos para jantar e jogar conversa fora. Este mundo pode ser grande, mas as estradas são pequenas.

Minha glicemia deu alguns sustos, mas isto faz parte. Tendo em vista que estou ingerindo muito carboidrato, não tive mais problemas com falta de energia, mas o carboidrato vai para o sangue e faz subir a glicemia, e a insulina pega esta glicemia e manda para as células transformando em energia.

Depois explico o que faço com a insulina, que durante a viagem fica na mala.

Diário de bordo – 05 de maio

Dia de conhecer a cidade de Búzios, mesmo na baixa temporada a cidade é invadida por turistas argentinos. Búzios possui diversas praias e pousadas, então aproveitamos para fazer uma parada por lá. Neste dia a bike ficou paradinha, ela com certeza descansou mais do que eu.

À noite muitos bares abertos, música e, às quintas-feiras e sábados, rola a feirinha gastronômica da cidade, onde os moradores confraternizam-se, atualizam as informações e desfrutam de boa comida e bebidas artesanais. Muitas risadas e boa conversa, conheci o Cassiano que tem uma destilaria para fazer cachaça, só por isso já ganhou minha simpatia, com muitas histórias e brincadeiras.

Encontramos novamente o pessoal do veleiro D4. Ficamos na pousada do Kico, de frente a praça principal da cidade com várias lojas e comércios. Fizemos um tour pela cidade com a Katarine, uma menina que além de cozinheira, vende serviços de bug e leva os turistas para conhecer Búzios.

Diário de bordo – 06 de maio

124 km pedalados, de Búzios à Quissamã, um dia focado mais na pedalada com escopo em conseguir fazer um percurso maior.

Encontramos um ciclista, Carlos, morador de Rios das Ostras, umas das cidades que planejamos para o percurso. Ele nos acompanhou durante um trecho e deu umas dicas sobre o trajeto e informações importantes.

Com menos assaduras, outras dores começaram a ser percebidas, desta vez os punhos e os joelhos começaram a reclamar, além disso uma tosse proveniente de uma rinite.

O nome da cidade de Quissamã foi originado do nome de um escravo que se chamava Quissama. A cidade é pequena com algumas atrações turísticas, na grande maioria ligadas às questões históricas do local.

Diário de bordo – 07 de maio

13 pernas concluídas! De Quissamã à Campos de Goytacazes, foram cerca de 56 km, que totaliza no dia de hoje mais de 1.000 kms percorridos.

Para chegar em Campos cortamos pela reserva, pegamos estrada com chão de terra e passamos por uma ponte improvisada onde só passava pedestres, bikes e motos.

Durante o percurso a imagem das fazendas era uma constante, algumas delas com bois ou cavalos pastando. São enormes áreas sem fim.

Antes das 13:00hrs alcançamos nosso objetivo, chegamos em Campos. Uma cidade grande com shoppings e vários comércios, são cerca de 600.000 habitantes.

No percurso vimos vários carros com bikes, depois descobrimos que em Campos de Goytacazes tem várias trilhas utilizadas pelos ciclistas, existe uma mega trilha com mais de 4.000 km que se inicia no Rio Grande do Sul e passa por Campos de Goytacazes.

Ta aí um bom desafio para bike, moto ou quadriciclo. Já estou pensando na motoca percorrendo estes 4.000 km de trilha.

“Mega trilha de 4000 km que se inicia no Rio Grande do Sul no Parque Nacional Aparados da Serra, Canion do Itaimbézinho e atravessa cinco Estados. Esta trilha foi escolhida como um dos melhores lugares a ser visitado no mundo em 2020 pelo jornal The New York Times e foi o único destino escolhido no Brasil.”

Texto extraído daqui

E no dia seguinte, cheguei em Espírito Santo! Acompanhe tudo da minha jornada por ES até a Bahia no próximo post.

Veja mais fotos aqui

Acompanhe aqui cada etapa dessa trajetória. Se tiver sugestões de conteúdo ou interesse em conversar, deixe seu comentário aqui.

Ficarei extremamente agradecido pelas sugestões e feliz em responder.

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